É notório que os políticos brasileiros são treinados, pelo sistema que os mantém no poder, há reprimir qualquer tipo de manifestação de professores. Foi assim na ditadura, foi assim na redemocratização, é assim agora, e sempre será! Ser professor ( digo aqui "ser professor" no sentido lato da palavra, e não somente no sentido de "ter habilitação") é estar disposto a lutar sempre por uma educação mais digna e respeitosa para todos e também lutar pela sua própria dignidade e, essa última luta, se traduz pela luta por salários mais justos. Sua tarefa também consiste em lutar por uma educação que despache para bem longe os políticos desonestos, que devem ser assim da ordem dos 90% dos existentes hoje!
Esse texto sai agora em homenagem aos professores do estado do Ceará que, na luta por melhores salários, foram retirado, ontem 29/09/11, da Assembleia Legislativa do referido estado aos puxões de cabelo, socos, spray de pimenta e pontapés por ordem do presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, Dep. Roberto Cláudio! É preciso fazer algo para salvar a política brasileira! OS PROFESSORES DO CEARÁ ENOBRECERAM AINDA MAIS MINHA PROFISSÃO! E MOSTRARAM AO BRASIL DO QUE É CAPAZ O ESTADO REPRESSOR PARA DEFENDER SEU APARATO EXPLORADOR DO TRABALHO ALHEIO!
Att,
Prof. Wemerson
Coordenação Municipal SINDIUPES-VV
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Subcomissão da Câmara dos Deputados Vai Fiscalizar Implantação do Piso Nacional dos Professores
Um grupo de deputados vai percorrer o País para saber como está a implantação do piso salarial dos professores (Lei 11.738/08) e dos planos de cargos e salários do magistério. A prioridade das visitas será para os estados onde a lei não está sendo cumprida ou está sendo questionada. Os parlamentares vão integrar uma subcomissão criada nesta quarta-feira pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
O piso salarial atualmente é de R$ 1.187 para 40 horas semanais e vale para todos os professores do País que atuem da educação infantil ao ensino médio.
“A lei foi aprovada por unanimidade nesta Casa e é prerrogativa do Poder Legislativo zelar pelo cumprimento das leis aqui aprovadas”, disse a presidente da comissão, deputada Fátima Bezerra (PT-RN).
Os trabalhos da subcomissão vão começar por Minas Gerais e Ceará, onde há greve na rede pública de ensino. A paralisação das aulas nas escolas mineiras, que já dura mais de três meses, motivou o pedido de criação da subcomissão, de autoria do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE).
Para o deputado, a subcomissão pode contribuir para solucionar o impasse nesses estados. “O que não pode é vermos 60 dias, 90 dias de professores em greve, alunos sem aula, a educação prejudicada por força de um impasse que nós muito bem poderemos contribuir para que ele seja solucionado.”
Alguns deputados, no entanto, afirmaram que a Câmara não tem atribuição de mediar negociações entre grevistas e governos. Para o deputado Izalci (PR-DF), é preciso evitar um possível “uso político” da subcomissão. “Não podemos deixar que a comissão seja utilizada partidariamente.”
Os partidos indicarão os integrantes da subcomissão até quinta-feira (15), às 18 horas.
Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/202590-SUBCOMISSAO-VAI-FISCALIZAR-IMPLANTACAO-DO-PISO-DOS-PROFESSORES.html
sábado, 20 de agosto de 2011
A serviço de quem está a Câmara de Vila Velha? Do cidadão ou da Prefeitura?
Agora, mais do que nunca, cabe questionar nossos representantes na CMVV ( Câmara Municipal de Vila Velha), sobre quem os colocou lá , nós, eleitor canela-verde, desta forma eles deveriam ser nossos representantes, ou a prefeitura, dessa forma eles estão sempre a serviço do chefe do executivo. Acho que pelo papelão que 90% por cento da câmara tem se submetido, fica claro a escolha de nossos edis pela segunda opção de representação!
Acho que as atitudes de esvaziamento de suas funções não deixam dúvidas sobre qual é a real representatividade existente hoje naquela casa de leis, se é que podemos chamá-la assim. O legislativo de VV está abrindo mão, ano após ano, do seu preceito constitucional máximo, que é o de representar o povo no exercício da fiscalização das ações do executivo, na medida em que têm atribuído cada vez mais poderes biônicos ao prefeito, dando-lhe carta muito mais que branca, para realizar ações que, originariamente, necessitariam de fiscalização mais próxima. Veja o histórico invejável da CMVV.
Em Agosto de 2009, aprovou um projeto de autoria do executivo que autoriza a prefeitura de Vila Velha a vender imóveis da prefeitura, pertencentes aos cidadãos, pois são patrimônio público, sem autorização prévia da Câmara. Ou seja, a Câmara já começou a abrir mão de seu papel fiscalizador naquela época, em 2009. Na oportunidade, votaram contra o projeto Wanderson Pires e Babá, ambos do PT.
Agora, e agosto de 2011, a Câmara, novamente, abre mão de seu papel e autoriza o prefeito a alterar todos os cargos existentes na prefeitura ao bel prazer do executivo, sem fiscalização e sem, obviamente, trabalho para o legislativo. E novamente, nós ficamos sem voz nesse processo, já que os vereadores, que são, ou pelo menos deveriam ser nossa voz, não querem trabalhar!! Neste projeto quase amoral, apenas o Vereador João Batista Babá (PT) foi contra a matéria.
Com essa nova lei (Lei 5.154/11), o prefeito ganha o direito de modificar a nomenclatura, a instituição , a localização e a competência dos quase 7.200 servidores do município. Imagine, futuramente, essa lei nas mãos de um governo repressor? Ele poderá transferir o funcionário de sua localização habitual para outro lugar, com vistas a dar um “cala-boca” no servidor público que estiver, digamos, “falando de mais”. Isso é surreal num estado de direito, mas foi isso que a nossa habilidosa câmara acabou de legalizar: o município repressor.
E dessa forma, nós, através de nossos representantes vamos criando um executivo-biônico que não precisa dos vereadores para nada. Uma vez que ele já tem autorização prévia para quase tudo!
E nós, precisamos dessa Câmara para que??? Estão rindo da cara do povo!
Acho que as atitudes de esvaziamento de suas funções não deixam dúvidas sobre qual é a real representatividade existente hoje naquela casa de leis, se é que podemos chamá-la assim. O legislativo de VV está abrindo mão, ano após ano, do seu preceito constitucional máximo, que é o de representar o povo no exercício da fiscalização das ações do executivo, na medida em que têm atribuído cada vez mais poderes biônicos ao prefeito, dando-lhe carta muito mais que branca, para realizar ações que, originariamente, necessitariam de fiscalização mais próxima. Veja o histórico invejável da CMVV.
Em Agosto de 2009, aprovou um projeto de autoria do executivo que autoriza a prefeitura de Vila Velha a vender imóveis da prefeitura, pertencentes aos cidadãos, pois são patrimônio público, sem autorização prévia da Câmara. Ou seja, a Câmara já começou a abrir mão de seu papel fiscalizador naquela época, em 2009. Na oportunidade, votaram contra o projeto Wanderson Pires e Babá, ambos do PT.
Agora, e agosto de 2011, a Câmara, novamente, abre mão de seu papel e autoriza o prefeito a alterar todos os cargos existentes na prefeitura ao bel prazer do executivo, sem fiscalização e sem, obviamente, trabalho para o legislativo. E novamente, nós ficamos sem voz nesse processo, já que os vereadores, que são, ou pelo menos deveriam ser nossa voz, não querem trabalhar!! Neste projeto quase amoral, apenas o Vereador João Batista Babá (PT) foi contra a matéria.
Com essa nova lei (Lei 5.154/11), o prefeito ganha o direito de modificar a nomenclatura, a instituição , a localização e a competência dos quase 7.200 servidores do município. Imagine, futuramente, essa lei nas mãos de um governo repressor? Ele poderá transferir o funcionário de sua localização habitual para outro lugar, com vistas a dar um “cala-boca” no servidor público que estiver, digamos, “falando de mais”. Isso é surreal num estado de direito, mas foi isso que a nossa habilidosa câmara acabou de legalizar: o município repressor.
E dessa forma, nós, através de nossos representantes vamos criando um executivo-biônico que não precisa dos vereadores para nada. Uma vez que ele já tem autorização prévia para quase tudo!
E nós, precisamos dessa Câmara para que??? Estão rindo da cara do povo!
A Escola-abrigo brasileira.
Atualmente tem se tornado lugar-comum taxar o aluno de escola pública como analfabeto, semi-alfabetizado, incapaz ou coisas do gênero. Porém o que se pergunta hoje é por que há tanto dinheiro atrelado aos sistemas de educação ( vide MDE , FUNDEB, PNLD, PNAT e outros ) e nenhum avanço significativo no rendimento escolar do aluno brasileiro?
Particularmente, no que se refere à realidade que nos toca, os da Grande Vitória não ficam pra trás nessa corrida inglória pela qualidade de ensino. O ensino das cidades da Região Metropolitana é péssimo. Aqui, o índice de alunos que chegam ao 6º ano sem saber ler é desolador. São alunos-frutos do loteamento das secretarias entre políticos da região. Frutos da má gestão e da política suja.
Será que o dinheiro da educação tem sido investido no lugar certo? O que se nota é que, mesmo com todo o montante financeiro, o Governo Federal, prefeituras e o estado têm criado, ainda, e maciçamente, projetos que tem como único objetivo criar paliativos para manter o aluno “aprisionado” na escola, e não garantir o aprendizado de fato e de direito, pois para os governantes “brasileiro-capixabas”, projeto bom é o que somente retira os alunos do risco social e não o que oferece educação de qualidade.
A escola, diante desta visão, é o “porto seguro”(será?) para o não envolvimento do aluno com o tráfico de drogas ou com a bandidagem, mas está longe de ser o local onde se garante uma qualidade educacional. Um dos projetos que teve sua implantação muito difundida nos últimos anos é o Projeto Mais Educação, do governo federal, que na maioria das escolas não se sabe por que ganhou esse nome, pois ele é implantado, na maioria das vezes, em escolas que não tem sequer salas disponíveis para as oficinas de letramento e matemática, como prevê o projeto. Nessas escolas, os alunos fazem, de improviso, aulas nos refeitórios, salas de informáticas, bibliotecas e pátio. Ah! Acrescente-se que, a merenda não pode faltar, mas educação, de fato, não precisa. É assistencialismo puro e simples. Que projeto dito “educacional” é esse?
Numa análise mais próxima à realidade, parece-me que esse projeto funciona como pano de fundo para encobrir um outro problema crônico do poder público brasileiro: a falta de capacidade de acabar com o crime e o tráfico de drogas nas regiões carentes. Diante dessa incapacidade/ineficiência, externa à escola, trancafia-se os alunos na escola em tempo integral, com a falsa desculpa de educá-los, quando, na verdade, o que se quer é protegê-lo do crime que os agentes públicos não dão conta de resolver. O que se quer observar aqui, com essa análise, é que, não é só enfiando alunos na escola que vamos salvar a educação deste país. É preciso estrutura, é preciso profissionais. É preciso salário digno aos docentes.
Nessa perspectiva, a escola vem se transformando numa escola-abrigo cuja função principal tem se modificado. Passou de local que se garante o aprendizado transformador e capaz de transferir a família das classes miseráveis para as classes mais altas, e se tornou um local garantidor somente de proteção social sem aprendizado ou qualidade. Transformou-se, logo, num depósito de alunos, bancado com um dinheiro que deveria servir para educar. É a escola-abrigo brasileira!
Prof. Wemerson R. Torres
Licenciado Pleno em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.
Pós-graduado em Supervisão Escolar
Máster em Língua e Cultura Italiana pela UNITO/Università di Torrino - Itália.
Mestrando em Linguística da UFES / PPGEL
Particularmente, no que se refere à realidade que nos toca, os da Grande Vitória não ficam pra trás nessa corrida inglória pela qualidade de ensino. O ensino das cidades da Região Metropolitana é péssimo. Aqui, o índice de alunos que chegam ao 6º ano sem saber ler é desolador. São alunos-frutos do loteamento das secretarias entre políticos da região. Frutos da má gestão e da política suja.
Será que o dinheiro da educação tem sido investido no lugar certo? O que se nota é que, mesmo com todo o montante financeiro, o Governo Federal, prefeituras e o estado têm criado, ainda, e maciçamente, projetos que tem como único objetivo criar paliativos para manter o aluno “aprisionado” na escola, e não garantir o aprendizado de fato e de direito, pois para os governantes “brasileiro-capixabas”, projeto bom é o que somente retira os alunos do risco social e não o que oferece educação de qualidade.
A escola, diante desta visão, é o “porto seguro”(será?) para o não envolvimento do aluno com o tráfico de drogas ou com a bandidagem, mas está longe de ser o local onde se garante uma qualidade educacional. Um dos projetos que teve sua implantação muito difundida nos últimos anos é o Projeto Mais Educação, do governo federal, que na maioria das escolas não se sabe por que ganhou esse nome, pois ele é implantado, na maioria das vezes, em escolas que não tem sequer salas disponíveis para as oficinas de letramento e matemática, como prevê o projeto. Nessas escolas, os alunos fazem, de improviso, aulas nos refeitórios, salas de informáticas, bibliotecas e pátio. Ah! Acrescente-se que, a merenda não pode faltar, mas educação, de fato, não precisa. É assistencialismo puro e simples. Que projeto dito “educacional” é esse?
Numa análise mais próxima à realidade, parece-me que esse projeto funciona como pano de fundo para encobrir um outro problema crônico do poder público brasileiro: a falta de capacidade de acabar com o crime e o tráfico de drogas nas regiões carentes. Diante dessa incapacidade/ineficiência, externa à escola, trancafia-se os alunos na escola em tempo integral, com a falsa desculpa de educá-los, quando, na verdade, o que se quer é protegê-lo do crime que os agentes públicos não dão conta de resolver. O que se quer observar aqui, com essa análise, é que, não é só enfiando alunos na escola que vamos salvar a educação deste país. É preciso estrutura, é preciso profissionais. É preciso salário digno aos docentes.
Nessa perspectiva, a escola vem se transformando numa escola-abrigo cuja função principal tem se modificado. Passou de local que se garante o aprendizado transformador e capaz de transferir a família das classes miseráveis para as classes mais altas, e se tornou um local garantidor somente de proteção social sem aprendizado ou qualidade. Transformou-se, logo, num depósito de alunos, bancado com um dinheiro que deveria servir para educar. É a escola-abrigo brasileira!
Prof. Wemerson R. Torres
Licenciado Pleno em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.
Pós-graduado em Supervisão Escolar
Máster em Língua e Cultura Italiana pela UNITO/Università di Torrino - Itália.
Mestrando em Linguística da UFES / PPGEL
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Professora Amanda Gurgel recusa o prêmio Brasileiro de Valor 2011!
A professora Amanda Gurgel que se notabilizou por seu discurso forte sobre educação, na Câmara Legislativa do Rio Grande do Norte, explica em uma carta ao juri do prêmio, os motivos que a levaram a recusar tal homenagem. Segue carta da professora amanda:
"Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de
trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonalds, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado.
Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja estinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas.
Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel"
Dá-lhe professora Amanda! Aula de coerência, política e determinação!!
Prof. Wemerson
"Natal, 02 de julho de 2011
Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,
Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de
trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.
Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonalds, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.
A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado.
Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.
Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja estinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas.
Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.
Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.
Saudações,
Professora Amanda Gurgel"
Dá-lhe professora Amanda! Aula de coerência, política e determinação!!
Prof. Wemerson
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Rede Bobo de Comunicação apresenta...
O DesAstro – Professores de Vila Velha, a Dramaturgia Completa!
Será que, nas próximas eleições "Vale a pena ver de Novo"à "Malhação" dos professores de Vila Velha por essa administração que funciona como um "Cordel DesEncantado", onde "O Astro" que só "Morde nunca Assopra" e sempre age com "Insensato Coração" para com a nossa classe? O que se sabe é que, se Deus quiser, as “cenas dos últimos capítulos”, assim como o capítulo final, já têm data certa, dezembro de 2012!
Autor Anônimo
quinta-feira, 30 de junho de 2011
O Professor de Vila Velha e o Fio Dental!
Em um contexto onde professores têm o ponto cortado, a maioria com desconto acima de R$ 600,00. E, uma professora com três filhos e aluguel a pagar recebeu de salário R$ 81,00, seria pláusível que os nobres vereadores de Vila Velha se preocupassem com a situação dos educadores de seu município, não é?. Mas, não foi o que ocorreu na sessão do dia 30/06/2011, um dia depois do anúncio do corte de ponto dos professores. O debate lá foi outro, muito mais "profundo e dolorido": a obrigatoriedade da distribuição gratuita de fio dental em restaurantes de Vila Velha!
Esse foi o assunto que consumiu quase toda a sessão da Câmara de Vereadores De Vila Velha e deixou a situação dos professores, em segundo plano! E, somente um vereador ( João Artem -PSB) se posisionou com respeito à irrelevância e à impertinência do tema! Do jeito que educação de Vila Velha é tratada pelos poderes municipais constituídos, podemos mesmo nos perguntar: Vila Velha, Quo Vadis??!!!
Ps: O autor de "tão relevante projeto de lei" é o vereador Ozias Zizi. O mesmo que nos brindou com aquele outro tão relevante projeto de meia passagem para quem viajasse em pé nos ônibus municipais!
Esse foi o assunto que consumiu quase toda a sessão da Câmara de Vereadores De Vila Velha e deixou a situação dos professores, em segundo plano! E, somente um vereador ( João Artem -PSB) se posisionou com respeito à irrelevância e à impertinência do tema! Do jeito que educação de Vila Velha é tratada pelos poderes municipais constituídos, podemos mesmo nos perguntar: Vila Velha, Quo Vadis??!!!
Ps: O autor de "tão relevante projeto de lei" é o vereador Ozias Zizi. O mesmo que nos brindou com aquele outro tão relevante projeto de meia passagem para quem viajasse em pé nos ônibus municipais!
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